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Remessas de emigrantes cabo-verdianos acima dos 157 M€ até novembro
Remessas de emigrantes cabo-verdianos acima dos 157 M€ até novembro

As remessas enviadas pelos emigrantes cabo-verdianos para o país natal atingiram, de janeiro a novembro de 2019, os 17.434 milhões de escudos (157,5 milhões de euros), aproximando-se de um novo registo máximo, segundo dados oficiais. De acordo com um boletim estatístico do Banco de Cabo Verde, o país recebeu neste período 4.710 milhões de escudos (42,5 milhões de euros) em remessas enviadas pelos emigrantes cabo-verdianos em Portugal. Estima-se que mais de 100.000 cabo-verdianos residam atualmente em Portugal, a segunda maior comunidade na diáspora, logo depois dos 250.000 emigrantes de Cabo Verde nos Estados Unidos.

O impacto de um jornal regional

Em 1999, fui a Cabo Verde e a Ilha do Maio foi uma das que visitei. Numa tarde, estava eu sentada no paredão quando sou abordada por residente que me pergunta de onde sou. "De Portugal, Leiria, uma cidade no centro do país". "Eu sei, o nosso padre é de lá". Ainda espantada com a coincidência, lá fui ter com José Carreira Júnior, natural da Caranguejeira. Conversámos muito. Admitiu que não era fácil viver numa terra onde as pessoas sofriam de “dupla insularidade, pela insuficiência de transportes e comunicações”. No seu caso, o isolamento quebrava-se através dos jornais, entre eles o Região de Leiria. O padre já não está entre nós, mas 20 anos volvidos ainda me vem à memória o que senti ao perceber o impacto que um jornal regional podia ter na vida de alguém.

Morabeza, tudo de bom!

Já em terras africanas há uns dias, existem algumas coisas essenciais a partilhar: A simpatia das pessoas, a boa comida e o amor pelo futebol. Ah e claro, as paisagens lindas. A partir do momento em que percebem que somos portugueses, a primeira questão que surge é: “Então e és de que clube?”. A resposta é óbvia, sporting, mas por aqui torcem muito mais pelo Benfica e chegam a pedir para darmos alguns recados ao Rui Vitória. Muito feliz por perceber que Portugal é terra irmã onde fazem questão de acompanhar tudo de perto. Como se diz por aqui, “morabeza”, tudo aquilo que esta terra tem de bom, que é muito!

Um "oásis" carregado de história

A “Livraria Nhô Eugénio” é mais um espaço carregado de história, na capital de Cabo Verde, sendo só por si um local de homenagem a Eugénio Tavares, figura emblemática da vida cultural, politica e social de Cabo Verde entre 1890 e 1930. A sua vastíssima obra vai da poesia à música, da retórica à ficção, passando pelos ensaios. Tendo sido intitulado por muitos como o “Camões de Cabo Verde”.

Quintal da Música é ponto de visita

Está situado no Plateau, centro histórico da capital cabo-verdiana, mais precisamente, onde antigamente era um quintal comum dos moradores do quarteirão. O antigo quintal, hoje semi-coberto, ganhou o seu nome e fama graças as tocatinas e noites de música. Aqui podemos ouvir, dançar ou cantar mornas, funána, batuco ou coladeira, géneros que muitas vezes compõem a palete musical numa mesma noite.

Mindelo uma cidade carregada de história

Passear pela cidade do Mindelo é "sentir" a história. Perceber que Cabo Verde e Portugal caminharam juntos ao longo da história e para o demostrar nada melhor que a réplica da Torre de Belém. Cidade cheia de encantos.

Um cantinho com muito "charme"

Fica situada na Achada de Santo António, Praia, com um toque de modernidade, ao mesmo tempo vintage. A Mercearia Andrade permite-nos viajar no tempo e recordar os espaços que fizeram parte das vivências dos nossos pais ou avós, aqui sente-se a cultura de um povo através da degustação dos “sabores de Cabo Verde”. Podemos apreciar os produtos típicos, de todas as ilhas, entre os quais se destacam: o afamado vinho branco da Ilha do Fogo, aguardentes de Santo Antão, fruta de Santiago, compotas, doces típicos. Tendo sempre como música de fundo os grandes vultos da música Cabo Verdiana das quais se destaca a grande diva Cesária Évora com o eterno tema “Sodade Sodade”, e que nos traz a memória o nosso fado relembrando-nos no nosso percurso em comum enquanto países irmãos.